quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Sckyfall

  Começamos o dia cheios de esperanças. A primeira morreu ao sairmos do hotel pra tomar café da manhã. Muito frio. Sei que você tá de saco cheio de ouvir isso, mas é um frio que dói nas mãos, no rosto e não te deixa andar muito. Você simplesmente não consegue. Daí a nossa reclamação chata.
  Bem, depois o dia foi ficando estranho, cada vez mais estranho até parecer bizaro. Bizarro, bizarro.
  Fomos atrás de um 'cuvico' que achamos e que vendia uma das melhores panquecas que já comemos. Um barzinho pequeno, somente com quatro cadeiras pra sentar, porém tão bom que mereceu recomendação de um guia de viagens muito importante. Era pra começar o dia bem. O lugar estava fechado.
  Resignados, fomos então a uma patisseria em que comemos noutro dia e que tinha ótimas guloseimas. Fechada.
  Então, não era pra ser. Afinal, muitos lugares estavam fechados. Não entendi. Pedro não entendeu. Segue a vida.
  Restou-nos o M grande amarelo, afinal a fome estava roendo a barriga e já havíamos andado um tanto.
  Aêêêêê!!! O M tem de 'brequifesti' panquecas com 'trucentos' acompanhamentos!!!!! Paris, amiga dos bem alimentados!!!! Pedimos.
  Você leu o começo. Estranho, dia estranho. Veio a menina e nos avisou com a cara tão amarela quanto o logotipo da lanchonete que eles NÃO tinham mais panquecas. Paris sem panquecas é o mesmo que Brasil sem feijoada. Comemos sandubão.
  Enfrentando a dor do frio, fomos então ver o Moulin Rouge. Bonitinho. Nem me lembrei da Nicole, faltou glamour, mas valeu.
  Fomos então ver a grande dama, a Torre Eiffel. Linda, linda, linda e gelada.
  Almoçamos aos seus pés pra animar o dia e, pasmem, no restaurante tinha cardápio em português. Ah, sem panquecas...
  Fomos para a Rue du Bac. Chiquérrima. Muitas vitrines lindas e CARAS, tão caras que acho que perdi alguns dígitos na conta só de olhar. Mulheres riquíssimas, com casacos de pele, estolas, bolsas que valem carros esbarravam em nós com aquela cara "o mundo fede", mas seguimos admirando a rua, vitrines e coisas.
  Terminamos o dia na "Xãs do Liseu", onde se gasta dinheiro 'facinho, facinho', mas é massa!!! Tomamos sorvete acompanhado da bendita panqueca que haviam nos negado até o momento. Massa. Voltamos então para o hotel.
  Exausta, preparando as malas para ir pra Londres no dia seguinte, falava com minha mãezinha. Ela tem um marca-passo e é tão ansiosa quanto eu. Porque digo isso? Bem, neste momento, Pedro fala quase gritando:"O hotel pegou fogo!!!! Acabei de receber um email dizendo que o hotel que reservamos em Londres PEGOU FOGO!!!FUD...!!!!!".
  Fiz um gesto de 'calma' pro pobre, terminei a conversa com a mami como se nada houvesse ocorrido e, ao desligar, com o coração na língua, as mãos tremendo, pergunto: "Como é que é????"
  Ligamos pro Booking e, depois de muita negociação conseguimos um hotel com os mesmos serviços que o outro, sob a promessa de estorno do adicional a ser pago.  Na verdade, nem vi direito a localização, somente queria ter o conforto dum hotel no centro, com banheiro privativo, elevador(vai subir mala de escadas...) e cozinha completa, afinal, Londres é cara pra dedéu e fazer seu próprio café da manhã economiza pacas. Conseguimos.
  Então, cá estamos em Londres. Cidade MARAVILHOSA, fervilhante. Clima, acreditem, maravilhoso, frio na medida. Fomos andar e andamos muito.
  O aparthotel fica à poucas ruas de Piccadilly Circus, donde tudo gira em torno.
  Fomos à MM's e, ao sair, havia uma festança montada, uma pré-estreia do filme 'The Great Oz...". Chic, com tapete amarelo e tudo mais. Atores famosos passaram bem na minha frente, povo londrino contido, não pulava a barreira, apenas gritava os nomes dos atores pra receber em troca autógrafos e fotos. Como diz um quase-irmão: Show de bola!!!!!
  Bateu fome, sessão de fotos acabada, jantamos num restaurante perto da farra e, ao olhar pela janela, percebo um movimento estranho de um rapaz. Ele parecia estar posando. Sim, posando. Caras e bocas, olhar pensativo, caminhava, parecia estar falando sozinho...Bichinho, tão bonitinho, andando sozinho nesse beco...Mas àquela cara não me era estranha... então percebo mais. Um rapaz com uma câmera filmadora apareceu e uma garota segurando a iluminação também. Era uma filmagem! E somente eu e Pedro vimos.
  O céu caiu, mas a gente se levantou. E bem!!! Londres, aí vamos nós!!!!!!!!!!!




Estação St. Pancras, onde chagamos com o Eurostar












Premier do filme 'Oz The Great and Powerful' 
Uma das atrizes Michelle Williams

Outro do cast 




O ator principal, James Franco, faz o papel do mágico de Oz

O diretor do filme Sam Raimi









A atriz Mila Kunis só deu para pegar de relance, vida de paparazzo não é mole não.

Olha outro pedacinho de Mila Kunis e uma multidão de fãs

Esse cara ai agente viu depois, quando estavamos jantando, ele era o ator de uma filmagem, estamos achando que é um tal de Benno Fürmann, que fez o filme Devorador de Pecados. 


Piccadilly Circus no fim do dia

Uma paixão por Veneza


Há tempos eu não me apaixonava. Ultrapassada a barreira-fase dos devaneios, imaginei  ter chegado ao cais da contemplação: lugar em que as emoções se deixam levar à força de ventos bem mais tranquilos. Ao alcançar idade mais madura,  não é nada incomum conviver  melhor com as incertezas, angustiar-se menos com as perguntas, buscar menos respostas e conseguir adormecer melhor, quando a opção for esperar pelo outro dia que virá.


Eis-me, outra vez e agora, enfim, maduramente apaixonado. Acabo de chegar a Veneza e é esta a primeira sensação que me vem. Ao vê-la aproximar-se, é impossível não doer de saudade, não imaginar sua pele, seus lábios e sorriso e desejar, com o mais profundo desejo, entranhar-se em seus braços e sentir seu corpo, como se fosse o óbulo esperado por toda a vida. Estar em Veneza me faz transportar o pensamento e ir ao encontro do sabor dos beijos, abraços e amassos ainda entranhados e colados à pele que não se deixa lavar.



Chegar à praça São Marcos e encontrar aquele previsível turbilhão de gente, faz-me imaginar e perguntar se o mundo inteiro teve a mesma ideia e resolveu vir pra cá, todo, ao mesmo tempo. Encontrar o hotel, neste labirinto de becos e ruelas, não é tarefa fácil. Faz-se necessário perguntar e perguntar porque mapas e roteiros não servem, pois Veneza não é caminho traçado, é caminho a se descobrir, é corpo a se desnudar.



Assim, Veneza aos poucos vai-me permitindo aproximar. Aproximo-me e seus recantos e encantos, tal qual donzela, me esperam observar, chegar mais perto, sentir-lhes o odor, a respiração ofegante, o olhar ainda tímido, ir de lento pondo as mãos, ser minha, enfim. No tempo devido, não mais e não menos. é meu este corpo em que ela se transforma. E o meu corpo, cansado da viagem, agora é seu, pertence-lhe e se deixa possuir.



E não poderia ser diferente. Veneza nos envolve em seus becos, como se fossem braços a nos abraçar e acariciar. As suas curvas de rios nos aconchegam e nos confortam com uma leve sensação de calmaria; é como se o nosso desejo, agora saciado por sua boca, seus lábios e seu corpo inteiro, com todos os seus movimentos, nos transportasse ao cais do descanso, ao porto de chegada.



E Veneza parece mesmo ser apenas porto de chegada, porque não é um lugar para ir; é um lugar para estar. No aconchego de suas ruelas, ou atravessando suas infinitas e pequenas pontes, o tempo nos convida a parar. Aliás, o tempo passa tão suavemente devagar, sugerindo-nos contemplação, que parece personificar o eterno desejo dos amantes e apaixonados quando se encontram: que o tempo pare; que fiquemos assim, juntinhos.



Em Veneza se chega, mas nunca se vai. No entanto, posso antever que ao deixá-la, indo conhecer outros ares, levarei a certeza de que ela me deseja de volta e que eu, ansioso, desejo voltar. Ela ja me espera e, quando eu chegar faremos silêncio, olharemos um pro outro, entrelaçaremos nossos corpos, faremos amor como nunca e apagaremos da memória a eterna espera que foi a nossa separação. 



Por enquanto, deixo-me cair no balanço das gôndolas, desfruto dos biscoitos, chocolates e massas, vou-me inebriando com a variedade de gelattos, vejo Dalí, ouço Ópera e circulo por aí. Mas, geralmente paro e lembro de ti, Veneza, diante das igrejas, monumentos e luzes que cruzam o meu caminho. Nestes momentos tu te materializas, eu te pego a mão e a gente caminha junto, comentando isso, aquilo, achando belo, achando feio, caminhando... enfim... é tanta e tanta a vontade de te rever, que o dia de ir embora, de tão perto, parece que nunca vai chegar.


...
Que não seja imortal, porque a gente não precisa estar colado pra estar junto;
Posto que é chama, em palavras estão dizendo um pro outro o quanto se adoram;
Mas que seja infinito, porque aonde quer que eu vá você está em tudo;
Enquanto dure, pois é tudo o que eu preciso.



terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Paris, o tempo esquentou, só um pouco mas fez diferença.

Esquentou, só uns 2 ou 3 graus, mas já fez nossa alegria. Sem neve nem chuva, uma beleza. Assim fomos ao Museu D'Orsay, um dos nosso preferidos por aqui, pena que não dá para tirar fotos das obras, mas deu para tirar umas fotos internas, para mostrar para vocês o beleza da antiga estação de trem que agora é o museu. Depois fomos atras de uma loja que tinha material para tricô, loja muito fina e cheirosa, coisa de 1º mundo mesmo. Depois de comprar os suprimentos para Ana fazer um cachecol, ou algo assim, fomos passear de barco. Um passeio bem agradável com a noite bem limpa, acho que as fotos ficaram boas.

No D'Orsay, um poucos lugares que dá para tirar fotos.

Visão geral, o lugar é muito bonito.


No Café Capanna, lembrado dos amigos fuleiros que vão para opera em Viena e nem convida.

Dá para ter um ideia da antiga estação de trem.
Escultura no patio esterno do D'Orsay

Facha D'Orsay.



Sempre lembramos dos amigos.



Antes de pegar o barco demos uma passada na frente da Notredame , com uma iluminação novovinha para comemorar seu 850 Anos.


No caminho para o barco.


Dá para intender porque Paris é a cidade luz.

Museu D'Orsay, fachada vista do barco.

Nem precisa legenda.



Na volta para o hotel, ensaio na estação do metro.
P.S.: Agora o comentário tá liberado para todos, democracia geral, a verdadeira casa da mãe Joana