sábado, 23 de fevereiro de 2013

Eu vejo o mundo e concordo, ele começa em Recife

Há duas semanas deixei o conforto do meu lar, botei a mochila nas costas e bati asas com Ana e Pedro (ordem alfabética), dizendo: mundo, lá vou eu!

Passei por Chicago (imponente) e Washington (cultural), deixando pra trás a sensação de que foi bom ter visto. Cheguei a Amsterdã (e olha que havia expectativa!) e não estava muito bem fisicamente e saudemente (comi algo que me fez mal e... vou poupá-los dos detalhes). Frio danado, eu cansado, perna bamba, sem querer/poder comer direito; o resultado é que as minhas expectativas por Amsterdã ficaram pra depois: andar de bicicleta, ver se haxixe presta, investir nos imóveis e vitrines da rua vermelha, nadar naquela água geladinha (ops!), dentre outros.
Fato é que chegou o dia de arrumar as malas de novo e rumar pra Viena, a próxima parada. Agora sozinho, Ana e Pedro me abandonaram, lá vou eu para o aeroporto. Chegando lá, nada de passagem. Comprei, paguei e não usei (a empresa operadora debitou 550conto no meu cartão e não emitiu o bilhete). Comprei outra passagem, ora! e eu sou homem de desistir? 
Agora estou eu em Viena. Cheguei ontem, dia 22.02.2013. Cheguei sob neve. Ou seria uma nevasca (exagero meu)? Corri pro hotel e pela janela eu só via aquela chuvinha branca. De tanto chover branco, tudo foi ficando branco, e se acumulando, e escondendo tudo, e um lençol branco se foi esticando sobre a calçada, os carros, a praça, as árvores, tudo emocionantemente lindo e branco de se ver.
Eu já tinha visto neve, há tempos, outros tempos, quando eu era outra pessoa. Mas dessa vez, como eu nunca perdi a capacidade de me encantar, fiquei encantado, embasbacado, extasiado. Eita imagem linda demais, sô!
Dia amanheceu, hoje, e eu fiquei meio com medo de sair. Medo de a roupa não dar conta de tanto frio, de o sapato não ser "sapatomachocachorrodagota" que pisa em gelo e não solta a sola, de me atolar naquela lama branca. Não me surpreendeu sentir medo, eu tenho medo é de tudo, mas tem uma coisa que me move: enfrentar meus medos. E lá fui eu. Comecei pela casa/museu de Freud (eu, futuro psicólogo iria começar por onde?). De lá, saí disposto a pisar em todo gelo/neve/lama branca que me aparecesse pela frente. Fui, pisei e tirei estas fotos. Compartilho-as, atendendo a cartas, pedidos, telegramas, e-mails, outdoors, chamadas de voz, sms, watsapp e postal sonoro (não é do seu tempo, eu sei). Dizem que sou fotógrafo, mas não sou. Eu sou apenas um aluno básico de Pedro Lima. 
Espero que gostem das fotos. Eu gostei. Mas eu gosto de tudo o que eu faço, por isso sou suspeito. 





Não é neve no rosto. É barba branca, mesmo



Aqui eu exercitando a capacidade de me encantar


Até Strauss tocou para eu ouvir


Pra não dizer que ficou tudo em preto e branco, a noite vienense

6 comentários:

  1. Grande poste. Bem vido e obrigado pela colaboração. Estamos muito felizes.

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  2. Edson, se você não se considera fotógrafo, as dicas de mestre Pedro já fizeram muito bem, porque as fotos estão sensacionais. Gostei muito, principalmente da do monumento de Strauss. Parabéns.

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  3. testando... testando comentar como anônimo.

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